O III Festival João do Vale de Música de Pedreiras tem sido uma expressão do que realmente é a cultura, dando espaço para todas as tendências sem perder de vista a originalidade, tal qual é a poesia-musical de quem o festival carrega o nome, o nosso poeta do povo. Não diria como Raul Seixas, "ô coitado foi tão cedo"- embora ame esses versos do maluco beleza, mas para João do Vale, não vale, sua obra musical continua atual, agradando todas as gerações.
Hoje a acontece a grande final, é mesmo uma briga de cachorro grande: "meu samba é a voz do povo, se alguém gostou eu posso cantar de novo"- Vou ficar ali na Praça Zinor Caldeiras, que muitos teimam em chamar de Praça do Jardim, (inclusive eu), não sei a razão, mas chamo. Aviso ao público: o grupo fala mansa, vai tocar cedo, segundo a organização do evento, a patota vai ter que viajar para outro compromisso, aqui é só um leve pouso (e que pouso!), deixa esta questão para um outro debate(e olha que o Chico Viola ficou de fora do espetáculo, sendo ele uma grande expressão da nossa cultura), o negócio é voz pausada para não ter que ficar rindo atoa.
Minhas saudações a todos em nome da arte, que vença o melhor, e o melhor é uma cultura de qualidade sem um apelo mediático, tudo em nome da natureza para que a agulha do tempo possa alinhavar a flor de abril, num q que me agrada, fazendo queimar uma fornalha da boca pra dentro, tomando um gostoso banho de ôpa! Maré, ilustrando a noite da verdadeira arte brasileira. Viva a nossa cultura!
Samuel Barrêto
Poeta e Compositor