PONTO DE LUZ: O DRAMA DO SUICÍDIO


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1 milhão de pessoas se matam por ano em todo o mundo. A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio. Em números absolutos, o Brasil ocupa o 113º lugar em uma lista de 172 países, com um índice relativo de 5,8 mortes a cada 100 mil habitantes.

A estimativa da OMS é que no decorrer dos próximos 20 anos os suicídios somarão 1,5 milhão. Hoje o auto homicídio ocupa o segundo lugar em causa-morte no mundo entre adolescentes de 15 a 24 anos, ficando atrás apenas dos acidentes de trânsito.

As maiores incidências são nos países ricos. O leste europeu registra um dos mais altos índices de suicídio proporcionalmente. Países da Ásia, como China e Japão são os recordistas mundiais.

Diante de tantos dados impressionantes, é mais do que natural se perguntar: o que poderia explicar os números de suicídio tão elevados? Será que existe uma maneira de preveni-lo ou evitá-lo?

POR QUE O SUICÍDIO ACONTECE?

Para a ciência, as causas do suicídio podem estar relacionadas a distúrbios psicossociais, como exclusão, dependência química, desesperança e traumas emocionais. Não raro, o suicídio é tido como consequência da depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, anorexia e desvios de personalidade.

Mesmo com o avanço significativo da ciência médica, algumas manifestações permanecem obscuras no campo da psicologia. A mente humana guarda mistérios ainda não desvendados.

Pesquisadores procuram responder o que leva o ser humano a desrespeitar o seu instinto de autopreservação. Também não é possível explicar, por exemplo, porque algumas pessoas que enfrentam as mesmas situações não cometem suicídio como fazem outras. Aos olhos da ciência, as causas do suicídio não estão totalmente esclarecidas.

CONSEQUÊNCIAS DO SUICÍDIO PARA O ESPÍRITO:

Muitas são as consequências para os que atentam contra própria vida, porém as mesmas são variáveis para cada espírito, pois há de se levar em conta os motivos do crime e as condições utilizadas para praticá-lo. Em comum, as consequências para os suicidas, são os sofrimentos provocados por ele mesmo.

Um suicida no plano espiritual torna-se escravo da própria consciência e é acometido por um grande sentimento de culpa, o que lhe causa dor, portanto, aqueles que se suicidam pensando em colocar fim no próprio sofrimento enganam-se, pois após o desencarne passam por grandes dificuldades causadas por seu ato criminoso e posteriormente tem de voltar à vida terrena para passar pelas mesmas provações que os fizeram sucumbir.

Como o desencarne de um suicida acontece de forma violenta, o perispírito permanece lesionado, causando um grande desajuste na organização espiritual. Na maioria dos casos é necessário submetê-lo a uma reencarnação compulsória para reparar os danos causados. O espírito deve estagiar em corpos físicos atrofiados, o que pode explicar alguns casos de crianças que nascem em estado de completa idiotia ou deficiência física.

Tudo depende de onde está a lesão no perispírito. Por exemplo, um suicida que desencarnou disparando uma arma de fogo contra o crânio, pode retornar à matéria portando uma deficiência mental, correspondente a região comprometida pelo projétil. Se a lesão acometeu uma parte do cérebro responsável pela fala, a criança nasce muda, se lesionou o nervo óptico, pode nascer cega e assim sucessivamente.

Se o suicida desencarnou enforcando-se, é natural renascer com a vértebra fraturada, se ingeriu substâncias químicas, terá seu aparelho digestivo comprometido. Todas essas provações causam ao suicida muito sofrimento.

Quando o suicídio é acompanhado de um homicídio, as consequências são ainda maiores. Também não é raro o suicídio comprometer a reencarnação de outros espíritos, como por exemplo, os familiares que ficam em dificuldade. Tudo isso são agravantes ao espírito imprudente. Mas como dissemos anteriormente, as consequências dependem dos fatores determinantes, pois não há efeito sem causa.

CONCLUSÃO:

O suicídio é uma prática condenada sob qualquer aspecto ou pretexto. Entretanto, nenhum de nós é capaz de saber ou entender a dor que leva uma pessoa a cometer ato tão extremo. Cabe a nós julgar menos e auxiliar mais. Afinal de contas, qual de nós já não terá passado por isso em outras vidas? Se estamos hoje em condição de entender que esse ato não resolve absolutamente nada, é porque alguém nos acolheu, nos confortou, nos ajudou a entender que o suicídio não resolve nenhum tipo de problema, pelo contrário, só piora.

A vida terrena deve ser compreendida como o bem mais valioso conquistado pelo espírito errante, pois é através dela que temos a oportunidade de evoluir.

Pensar que acabaremos com nossos problemas os quais nos parecem sem solução, constitui pura ingenuidade de nossa parte, além de demonstrar falta de fé e confiança no Criador que nunca nos desampara.

Por pior que sejam os nossos problemas, devemos sempre agradecer a Deus a oportunidade que nos é concedida de resgatar os débitos do pretérito. 

Uma oração sincera realizada no momento de desespero pode parecer sem efeito e muitas vezes não resolverá nossos problemas, mas nos trará sabedoria e paciência para buscarmos as soluções que precisamos. Nenhum sofrimento é eterno e todo esforço será recompensado, portanto meditemos nessas considerações.

Em muitas situações, simplesmente ouvir o desabafo de uma pessoa aflita determina um bem maior do que interromper esse momento para “doutrinar” quem está sofrendo. Reconheçamos o momento certo de agir e, com muito amor e respeito, sejamos nós o instrumento que eventualmente a espiritualidade maior utiliza para desanuviar uma crise, interromper uma torrente de pensamentos suicidas, resgatar aos poucos a lucidez e a coragem de viver. O mais importante é perceber que nenhum sofrimento dura pra sempre.Se hoje te parece desagradável e angustiante, espera e confia. A melhor saída é a vida.

Contribuição de Cecé Bulhão
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